Escolha o conto mais clássico para retomar minhas atividades ao blog.2012,ano novo,vida nova,e este blog cada vez mais ativo!FEliz ano novo a todos!
A Esbofeteada (Nelson Rodrigues)
Virou-se para as coleguinhas:
— Como meu namorado, eu confesso francamente: nunca vi! Tem um gênio! Que gênio!
Indagaram:
— Feroz?
E Ismênia:
— Se é feroz? Puxa! Precisa uns dez para segurar! – Olha para os
lados e baixa a voz: — Vocês sabem o que é que ele fez comigo? Não
sabem?
— Conta? Ah, conta!
Ismênia não queria outra coisa. Cercada de amigas interessadíssimas, resumiu o episódio:
— Foi o seguinte: ele cismou que eu tinha dado pelota para o Nemésio. E não conversou: me sentou a mão, direitinho!
— E tu?
Ergueu o rosto, feliz, envaidecida da bofetada:
— Eu vi estrelas!
Houve um silêncio e, ao mesmo tempo, um arrepio intenso naquelas
meninas. Pareciam ter despeito, inveja, da agressão que a outra sofrera.
Ismênia piscou o olho:
— Eu gosto de homem, homem. Escreveu, não leu, o pau comeu. Senão, não tem graça. Sou assim.
O Violento
Chamava-se Sinval, o namorado de Ismênia. À primeira vista, causava
até má impressão. Faltava-lhe a base física da coragem. Era baixo,
mirrado, um peito fundo de tísico, braços finos e mãos pequenas, de
unhas tratadas. Custava a crer que esse fraco fosse um violento.
Todavia, estava lá o testemunho de Ismênia, que, batendo no peito,
repetia: “Eu apanhei! Eu!”. Acontece que entre as colegas presentes
estava Silene, amiga e confidente de Ismênia. E Silene foi justamente a
que se impressionou mais com o episódio. Conhecia vagamente Sinval e a
sensação que ficara, de sua figura, foi a de um rapaz como há milhares,
como há talvez milhões. De repente sabe que esse cavalheiro, de
aparência tão insignificante, bate em mulheres. Sem dizer nada a
ninguém, experimenta uma crispação de asco e deslumbramento. Mais tarde,
em casa, com a mãe e as irmãs, diz o seguinte:
— Eu acho que, se um homem me esbofeteasse, eu dava-lhe um tiro no boca!
A Doce Pequena
Mentira. Não daria tiro na boca de ninguém. Impossível desejar-se uma
alma mais doce, terna e tão incapaz de violência, de maldade. Mesmo sua
exaltação fazia pensar na cólera de um passarinho. Durante três dias,
não pensou noutra coisa. E pasmava que Ismênia se vangloriasse da
bofetada, como se de uma medalha, uma condecoração. No quarto dia, não
resiste. Apanha o telefone e liga para o emprego do Sinval. Queria
apenas passar um trote, e nada mais. Do outro lado da linha, porém,
Sinval, caricioso, mas irredutível, exigia:
— Se não disser o nome, eu desligo.
Ia recuar. Mas deu, nela, uma coragem súbita. Identificou-se: “Sou
eu, Silene”. Arrependeu-se imediatamente depois de ter dito. Tarde,
porém. E já Sinval, transfigurado, exclamava:
— Silene? Não é possível, não pode ser!
— Sou sim.
E ele:
— Então houve transmissão de pensamento! No duro que houve! Imagine que eu estava pensando em você, neste minuto! Agora mesmo!
Foi por aí além. Transpirando de sinceridade, contou que gostava dela
em silêncio, há muito tempo. Com o coração disparado, a pequena indaga:
“E Ismênia?”. Foi quase brutal:
— Ismênia é uma brincadeira, um passatempo, nada mais. Você, não. Você é outra coisa. Diferente!
Espantada com essa veemência, Silene quis duvidar. Então, emocionado, ele dramatiza:
— Te juro, pela minha mãe, que é a coisa que mais prezo na vida. Te juro que é pura verdade!
Drama
Silene despediu-se, afinal, com as pernas bambas. O simples fato de
ter ligado já a envergonhara como uma deslealdade. Afinal, era amiga de
Ismênia e… Pior do que tudo, porém, fora identificar-se. Durante o resto
do dia, não fez outra coisa senão perguntar, de si para si: “E agora,
meu Deus?”. No telefone, aceitara o convite de Sinval para um encontro
no dia seguinte. Mas o sentimento de culpa não a largou, senão no
momento em que decidiu: “Não vou, pronto. Não vou e está acabado”. Mas
foi. No dia seguinte, pontualmente, estava no local combinado, transida
de vergonha. Sinval, num interesse evidente, profundo, foi ainda mais
decisivo do que na véspera. Disse coisas deslumbrantes, inclusive,
textualmente, o seguinte:
— Te vi, no máximo, umas oito vezes, dez, talvez. Falei contigo
pouquíssimo. Mas, assim ou assado, o fato é que te amo, te amo e te amo!
Apaixonada
Ela acreditou. E acreditou porque se passara o mesmo com seu coração.
Apaixonara-se, de uma dessas paixões definitivas, reais e mortais.
Continuou a encontrar-se com o ser amado, às escondidas. Só não era mais
feliz porque pensava na outra. De noite, no quarto, especulava: “No dia
em que Ismênia souber…”
Chegou esse dia. E foi, entre as duas, uma cena desagradabilíssima.
Sem papas na língua, Ismênia disse-lhe as últimas: “Tu és mais falsa do
que Judas”. Branca, o lábio inferior tremendo, Silene sentia-se incapaz
de uma reação. A outra terminou, numa espécie de maldição:
— Hás de apanhar muito nessa cara!
Ciúmes
O incidente foi lamentável por um lado e bom por outro. Lamentável,
pelo escândalo, pelo constrangimento. Bom, porque esclareceu de vez a
situação. Excluída Ismênia, oficializou-se o romance. Os dois puderam
exibir, ostentar, em toda a parte, o imenso carinho em que se consumiam.
Começaram a freqüentar festas. E, então, surpresa e vagamente inquieta,
Silene descobriu o seguinte: Sinval não se incomodava que ela dançasse
com todo mundo. Estranhou e passou a interpelar o namorado.
— Você não tem ciúmes de mim?
— Não.
Admirou-se:
— Por quê?
E ele:
— Porque te amo.
Devia dar-se por satisfeita. E, no entanto, sua reação foi outra:
estava descontente. Dias depois, suspira: “Eu preferia que tivesses
ciúmes de mim”. Sinval achou graça: “Ué!”. Ela, sentindo-se
irremediavelmente infantil, repete o que já ouvira, não sei onde: “Sem
ciúmes não há amor!”. O rapaz passou-lhe um sermão: “Parece criança!”.
Até que, certa vez, a garota resolve ir mais longe. Pergunta
ousadamente: “E seu eu te traísse? Tu farias o quê?”. Respondeu, sóbrio:
— Te perdoaria.
— E se eu voltasse a trair?
Foi absoluto:
— Se continuasses traindo, eu continuaria perdoando.
Desfecho
Mas este diálogo, impudente, perturbador, deveria marca-la, e muito. A
partir de então, foi outra alma, outra mulher. Era uma menina de modos
suaves e bonitos. E, subitamente, passou a chamar a atenção de todo
mundo, com atitudes desagradáveis, de escândalo. Nas festas, dançava com
o rosto colado; e houve um baile em que bebeu tanto que teve que ser
carregada, em estado de coma. Por outro lado, torturava o pobre Sinval,
desacatando-o na frente de todo mundo. Ele, serenamente, com uma mesura à
Luís XV, submetia-se às piores desconsiderações, incapaz de um revide.
Até que, numa festa, ela se cansou desse inofensivo. Na sua cólera,
humilhou-o:
— Você não é homem! Se fosse homem, eu não faria de você gato e sapato!
Ela bebera, outra vez, além da conta. Talvez por isso ou por outro
motivo qualquer, Sinval limitou-se a sugerir: “Vamos, meu anjo?”. Mas em
casa, sozinha, ela imergia numa ardente meditação. Uma noite, vão a uma
outra festa. E lá Silene superou todas as leviandades anteriores. Quase
à meia-noite, de braço com o par acidental, vai para o jardim. Sinval
espera vinte minutos, meia hora, uma hora. E não se contém mais: vai
procurá-la. O par, assim que o viu, pigarreou, levantou-se e
desapareceu. Silene ergue-se também. Com um meio-sorriso maligno,
anuncia: “Ele me beijou”. Sinval não disse uma palavra: derruba a noiva
com uma tremenda bofetada. Ela cai longe, com os lábios sangrando.
Enquanto ele a contempla e espera, a pequena, de rastros, com a boca
torcida, aproxima-se. Está a seus pés. E. súbito, abraça-se às suas
pernas, soluçando:
— Esperei tanto por essa bofetada! Agora eu sei que tu me amas e agora eu sei que posso te amar!
Passou. Mas nos seus momentos de carinho, e quando estavam a sós, ela
pedia, transfigurada: “Me bate, anda! Me bate!”. Foram felicíssimos.
Originalmente publicado em A vida como ela é…, coluna do autor no jornal “Última Hora” (1951 — 1961).
o blog spanking-um fetiche adolesceente é feito para a discussao de assuntos relacionados ao spanking.Comecei a me interessar por spanking com 12 anos e o tempo passou e estamo aqui.Não sou mais um adolescente e apear do tempoo blog permanece com os mesmos objetivos,procurando através do blog,aprimorar os conhecimentos no assunto,unir as pessoas que curtem o spanking como pratica sexual ou naoe discutir o spanking na sociedade atual!
sábado, 31 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Um tapinha não dói...
Mentira.um tapinha pode doer muito.Assim,como de fato deve doer.
Apesar disso,trata-se da maneira mais simples de iniciar um spanking com pessoas baunilhas.Nenhuma mulher(ou pelo menos a maioria) vai reclamar de fato de um tapinha,mas concerteza vai reclamar de uma surra.Mas para quem pratica spanking sabe,que a distância de um a outro é bem curta.Com a minha relativa experiencia percebi que é o meio mais fácil de se praticar,indo gradativamente de um tapinha a uma surra bem dada de deixar bumbums avermellhados.
Fique atento,pois pode ser mais fácil do que achar um praticante autentico de spanking.Infelizmente as fronteiras da geografia existem!
Apesar disso,trata-se da maneira mais simples de iniciar um spanking com pessoas baunilhas.Nenhuma mulher(ou pelo menos a maioria) vai reclamar de fato de um tapinha,mas concerteza vai reclamar de uma surra.Mas para quem pratica spanking sabe,que a distância de um a outro é bem curta.Com a minha relativa experiencia percebi que é o meio mais fácil de se praticar,indo gradativamente de um tapinha a uma surra bem dada de deixar bumbums avermellhados.
Fique atento,pois pode ser mais fácil do que achar um praticante autentico de spanking.Infelizmente as fronteiras da geografia existem!
Retomada
O Blog spanking adolescente,esta voltando a ativa.Novos contos,videos,fotos e muito mais pra você.
O blog de spanking e chineladas mais acessado do Brasil,e em 2012 chagremos a 100 mil vizitas!
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